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Feijão      
Produção integrada: custos reduzidos em até 40%
Programa envolve todas as práticas de manejo, desde solo, irrigação, pragas, doenças e colheita e racionaliza gastos
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Juliana Royo
06/07/2010

Os ótimos resultados alcançados com o manejo integrado de pragas deram origem ao programa de produção integrada, em que, além das pragas, são tratadas a adubação, irrigação, plantio, monitoramento, sanidade da propriedade, colheita e todas as práticas agropecuárias que envolvem a produção rural. A intenção é racionalizar custos, melhorar a qualidade do que é produzido, valorizar o trabalhador rural e respeitar o meio ambiente. O uso de químicos não é proibido, mas eles só são usados quando realmente necessário e de forma seletiva para não comprometer outras espécies, além da praga a ser combatida. A cultura do feijoeiro ainda está em seu primeiro ano do programa de produção integrada, mas bons resultados já foram obtidos por alguns produtores que estão seguindo os cuidados de manejo exigidos e a redução de custos de produção chega a 40%.

— A produção integrada teve origem no manejo integrado de pragas e ele foi estendido; ela integra todo o sistema de produção da cultura. Como exemplo, as condições de clima, de água e solo, manejo adequado do solo, nutrição de plantas, monitoramento de doenças, pragas e ervas daninhas, cuida do controle de uma forma bem racional. Na produção integrada, não impedimos o uso de agroquímicos, desde que eles sejam usados realmente quando necessário. Também está envolvido o manejo pós-colheita, o caderno de campo e a rastreabilidade, que possibilita que o produtor tenha um selo. A primeira coisa é o uso adequado das tecnologias porque a gente tem notado, nos últimos anos, o custo de elevação da produção de feijão e muitas das tecnologias realmente não precisam ser tão utilizadas. A produção integrada racionaliza estas tecnologias. É muito importante a organização da base produtiva porque normalmente o médio e o pequeno produtor não têm muito hábito de fazer estas anotações — explica Flávia Rabelo Barbosa, pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão.

No caso da Fazenda Maringá, no município de Cristalina, em Goiás, que já adotou a produção integrada de feijão, houve redução de custos na produção de 38,6%. O custo por hectare com a produção comercial era de R$ 1.411, já com a racionalização das tecnologias, melhor uso da água, com a adoção de pivô central, e redução de insumos. Na produção integrada, este custo caiu para R$ 866 por hectare. Nesse caso, além da economia, o produtor também conseguiu aumentar a sua produção em 13%, passando de 3.014 kg por hectare para 3.464 kg por hectare.

A pesquisadora diz que o caderno de anotações é essencial para o produtor, porque para conseguir o selo de certificação ele precisa mostrar ao certificador que está cumprindo todas as exigências feitas pelo Ministério da Agricultura. Para isso, é preciso contratar um agrônomo que entenda de pragas e doenças, possa explicar como são feitas as análises de solo e acompanhe o que está sendo feito na propriedade corretamente. O custo que o agricultor vai ter será com a equipe técnica para fazer o monitoramento fitossanitário semanal, mas no caso de pequenos produtores do vale do São Francisco, em Minas Gerais, o Sebrae subsidia estes custos, por exemplo. Barbosa lembra que a produção integrada é voluntária e quem tiver interesse em obter o selo deve se cadastrar no Ministério da Agricultura.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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